Dia mundial da Língua Portuguesa!
Hoje é dia de celebrar aquela que foi definida por Olavo Bilac como a“última flor do Lácio, inculta e bela”, ou seja, a língua portuguesa. O dia 05 de maio foi estabelecido pela UNESCO como o dia mundial da Língua Portuguesa e, segundo ata divulgada, justifica-se pela “contribuição da língua portuguesa na preservação e difusão da civilização e da cultura humana”. A data celebra a cultura de países cujo idioma oficial é o Português. São eles, Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste. Seguem aqui, algumas curiosidades sobre a língua Portuguesa:
- O testamento de dom Afonso II, datado de 27 de junho de 1214 é o documento que marca oficialmente, o surgimento da língua portuguesa:
- - Atualmente, são 265 milhões de pessoas falando português como língua oficial em nove países ao redor do mundo.
- - A palavra saudades só existe para nós e ela consegue expressar o sentimento de nostalgia e dor no coração que provoca a ausência de algo ou alguém, não é exatamente o mesmo que dizer I miss you.
- - A palavra com maior número de vogais em sequência é piauiense, nacionalidades das pessoas nascidas no Piauí.
- - A letra mais utilizada é a letra (a)
- - O plural é formado inserindo (-s) ao final das palavras, porém a palavra (qualquer) foge à regra e o plural é formado adicionando-se (is) ao meio da palavra, assim qualquer no plural é quaisquer.
- - A palavra (maçaneta) tem como raiz a palavra maçã e, isto é devido, ao fato de que antigamente o trinco das portas eram feitos em forma de maçãs.
- - No Brasil, o breakfast se diz café da manhã já em Portugal se diz pequeno almoço
- - É a língua mais falada no hemisfério sul, a sexta no mundo, a terceira mais usada nas redes sociais (Facebook e Twitter).
E existem muito mais fatos e curiosidades sobre essa língua tão rica e bela.
Deixo aqui o o soneto de Olavo Bilac (1865-1918): Língua portuguesa em que o poeta enaltece a Língua Portuguesa.
Língua portuguesa
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Olavo Bilac
19 de Maio de 2020